OS 100 MELHORES PLANOS DO CINEMA ∙ 100 AUTORES, 100 PLANOS ∙ NELSON ARAÚJO (ORG.)

OS 100 MELHORES PLANOS DO CINEMA • 100 AUTORES, 100 PLANOS • Nelson Araújo (Coord.) • 2023 Edições 70 429 pgs • A Linha de Sombra, a Cinemateca e a Edições 70 convidam para a apresentação do livro OS 100 MELHORES PLANOS DO CINEMA, que reúne uma série de 100 autores sobre 100 planos de cinema, com a presença do coordenador do volume e diversos autores, dia 02 de Dezembro de 2023, sábado, às 16h00, na Cinemateca Portuguesa.

“O plano é uma unidade fílmica que habita quem trabalha em cinema, é uma ferramenta de planificação, de montagem (particularmente salientado no texto de Maria Lara), de leitura, de pensamento, de discurso cinematográfico. Trata-se de um momento fílmico capaz de transportar o uso criativo da linguagem cinematográfica independentemente da sua duração – na presente publicação, temos a baliza definida por Eurico Barros que escolhe um plano de 1 segundo, e Paulo Portugal que trabalha um filme-plano de 96 minutos. O foco ficou assim definido – o que fica dentro do corte – o «plano morfológico» como o designa Mirian Tavares. Em muitos casos, o autor convoca imagens a montante ou a jusante na medida em que «o plano não detém em si o filme, necessita relacionar-se e potenciar-se no seu interior» (Isabel Aboim); também Vasco Baptista Marques defende que «escolher um plano implica abstrair do seio de uma totalidade que nos marcou, um fragmento marcante que permita recuperar o corpo que foi amputado»; João Viana também fala da interdependência – «o plano é um embraiador, isto é, prepara um outro plano que surgirá muito mais frente»; Carlos Coelho Costa sublinha também a relação entre planos – «a lógica narrativa e a ligação visual entre os planos contribuem para a criação de uma sensação de espaço contínuo»; Saguenail, também, subscreve esta ideia: «o plano cinematográfico, em si, não me interessa muito, não passa duma fotografia à qual se acrescentou duração e, eventualmente, movimento. O fundamental, para mim, é ligação entre dois planos.»”

INTRODUÇÃO, Nelson Araújo