O SOM E A MÚSICA NO CINEMA PORTUGUÊS CONTEMPORÂNEO ∙ HELDER FILIPE GONCALVES
O SOM E A MÚSICA NO CINEMA PORTUGUÊS CONTEMPORÂNEO • Helder Filipe Gonçalves • 2022 Sistema Solar Documenta 381 pgs • Processos Criativos seguido de entrevistas com Branko Neskov, Carlos Alberto Lopes, Elsa Ferreira, Hugo Leitão, Joaquim Pinto, Miguel Martins, Olivier Blanc, Ricardo Sequeira, Sandro Aguilar, Vasco Pimentel • Fotografia de Capa Jorge Moura • PVP 26 € • Livraria Linha de Sombra • Cinemateca Portuguesa-Museu do Cinema.
“Essa qualidade táctil do som é uma coisa privilegiada. No cinema há a possibilidade de estar tocando todo o corpo. O cheiro, tudo o que é táctil, é mudado pela percepção do som.”
Lucrecia Martel
“Encontrar um cineasta que tome decisões no domínio do som antes de outras não é usual. Conhecer um realizador de quem se diga que é responsável por noventa por cento das decisões acerca do som num seu filme também não será algo muito habitual, mas isto é confirmado numa entrevista com um director de som que trabalha com a realizadora argentina Lucrecia Martel. Numa palestra desta realizadora, a própria quase se desculpa por ir apresentar o seu modo de trabalho, muito fundamentado no som, perante uma plateia interessada em cinema, justificando a sua apresentação como algo eventualmente útil a alguém que partilhe minimamente de um gosto e atenção pelo som. Como ela própria afirma, muitas vezes acontece o som ser relegado para último lugar, na cadeia de produção de um filme, não havendo por vezes tempo para o tratar nas melhores condições.”
Helder Filipe Gonçalves
"Ora, o meu comportamento na captação do som directo é diferente, pois já estou a pensar como um montador, como um misturador. Quer dizer, já estou a arquitectar continuidades, descontinuidades, ambiências para dar carácter a outras cenas… se calhar, nem é a cena que estamos a filmar."
Vasco Pimentel