PORTES GRATUITOS EM CORREIO REGISTADO PARA PORTUGAL & ILHAS COM ENCOMENDAS SUPERIORES A 50€
  • O DESEMBARQUE DAS ONDAS ∙ ANTOLOGIA PARA INGMAR BERGMAN ∙ RAQUEL NOBRE GUERRA (COORD.)
  • O DESEMBARQUE DAS ONDAS ∙ ANTOLOGIA PARA INGMAR BERGMAN ∙ RAQUEL NOBRE GUERRA (COORD.)
  • O DESEMBARQUE DAS ONDAS ∙ ANTOLOGIA PARA INGMAR BERGMAN ∙ RAQUEL NOBRE GUERRA (COORD.)
  • O DESEMBARQUE DAS ONDAS ∙ ANTOLOGIA PARA INGMAR BERGMAN ∙ RAQUEL NOBRE GUERRA (COORD.)
  • O DESEMBARQUE DAS ONDAS ∙ ANTOLOGIA PARA INGMAR BERGMAN ∙ RAQUEL NOBRE GUERRA (COORD.)
  • O DESEMBARQUE DAS ONDAS ∙ ANTOLOGIA PARA INGMAR BERGMAN ∙ RAQUEL NOBRE GUERRA (COORD.)
  • O DESEMBARQUE DAS ONDAS ∙ ANTOLOGIA PARA INGMAR BERGMAN ∙ RAQUEL NOBRE GUERRA (COORD.)
  • O DESEMBARQUE DAS ONDAS ∙ ANTOLOGIA PARA INGMAR BERGMAN ∙ RAQUEL NOBRE GUERRA (COORD.)
  • O DESEMBARQUE DAS ONDAS ∙ ANTOLOGIA PARA INGMAR BERGMAN ∙ RAQUEL NOBRE GUERRA (COORD.)
  • O DESEMBARQUE DAS ONDAS ∙ ANTOLOGIA PARA INGMAR BERGMAN ∙ RAQUEL NOBRE GUERRA (COORD.)

O DESEMBARQUE DAS ONDAS ∙ ANTOLOGIA PARA INGMAR BERGMAN ∙ RAQUEL NOBRE GUERRA (COORD.)

15,00 €  
IVA incluído.

O DESEMBARQUE DAS ONDAS | ANTOLOGIA PARA INGMAR BERGMAN ∙ Coordenação de Raquel Nobre Guerra ∙ 2024 Livraria Linha de Sombra Editora 182 pgs ∙ Prefácio: Luís Miguel Oliveira ∙ Posfácio: Joana Matos Frias ∙ Design: Joana Pires ∙ Gráfica Rainho & Neves • PVP 15€


Prefácio
Luís Miguel Oliveira

Sala 1
Alexandre Sarrazola, Ana Paula Inácio, André Tecedeiro, Andreia C. Faria, António Amaral Tavares, António Cabrita, António Gregório, Bruno Béu, Bruno M. Silva, Catarina Santiago Costa, Cláudia Lucas Chéu, Cláudia R. Sampaio, Daniel Maia-Pinto Rodrigues, Daniel Jonas, Eduarda Chiote, Elisabete Marques, Francisca Camelo, Golgona Anghel, Hélia Correia, Helga Moreira, Henrique Manuel Bento Fialho, Inês Dias, Inês Fonseca Santos, Inês Francisco Jacob, Inês Lourenço, Joana Jacinto, João Bosco Da Silva, João Paulo Esteves Da Silva, Jorge Roque, Luís Manuel Gaspar, Luís Pedroso, Manuel A. Domingos, Maria Brás Ferreira, Maria Sousa, Margarida Vale De Gato, Mariano Alejandro Ribeiro, Miguel Cardoso, Miguel Filipe Mochila, Paola D ́Agostino, Paulo José Miranda, Pedro Eiras, Pedro Jordão, Regina Guimarães, Renata Correia Botelho, Ricardo Marques, Rosa Oliveira, Rosalina Marshall, Rui Cascais, Rui Miguel Ribeiro, Tatiana Faia e Tiago Araújo

Sala 2
Alda Rodrigues, António Poppe, Ana Salomé, Bénédicte Houart, Cristina Carvalho, Cristina Fernandes, Emanuel Cameira, Luís Quintais, Manuel De Freitas, Maria Quintans, Miguel-Manso, Miguel Martins, Nunes Da Rocha, José Miguel Braga, Nuno Brito, Nuno Moura, Pedro Mexia, Patrícia Lino, Ricardo Tiago Moura, Sónia Baptista e Valério Romão

Posfácio
Joana Matos Frias

11 de Dezembro 2024

Lançamento do livro com a presença de Raquel Nobre Guerra, Joana Matos Frias e Luís Miguel Oliveira & Etc.
DET SJÜNDE INSEGLET
O SÉTIMO SELO
Ingmar Bergman
Suécia, 1959 - 90 min

COM A LINHA DE SOMBRA
+ info: www.cinemateca.pt

“Bergman coloniza espíritos, esse é um dos poderes do seu cinema. Como em todos os grandes cineastas, o mais importante não é o que ele «diz» ou «pensa», é o que ele faz «dizer» e «pensar». O acto poético ou narrativo torna-se dinamite, explode junto de cada espectador gerando mil pedacinhos que se podem transformar noutros actos poéticos e narrativos. Não há maneira mais entusiasmante de encarar a história das artes (y compris o cinema e a poesia) como uma reacção em cadeia, little bangs sucedendo-se infinitamente numa nuvem de estilhaços que transportam um pouco do fogo original e se tornam eles próprios no fogo original de outros estilhaços. A própria obra de Bergman é isso, na relação com os dramaturgos e compositores que mais amou. O livro que o leitor tem na mão, uma colecção de estilhaços, também é isso. Isso, e uma maneira de responder a uma pergunta: que forma tomaria o universo de Ingmar Bergman se ele se fizesse poema impresso em folha de papel? De modo mais explícito ou mais implícito, quase todos os poemas deste livro tentam imaginar uma resposta.”
Luís Miguel Oliveira

 

“O branco; o esgar; a praia; o quarto.
Poalha de nós.”
POEMA EM IMAGENS, Elisabete Marques


“Ritmo, interioridade e silêncio: talvez esta trilogia permita perceber melhor em que medida poema e poesia não equivalem, para Bergman, a essa literatura da qual quis manter uma certa distância, aproximando-se antes mais visivelmente daquilo que seriam as suas próprias ideias de filme e de cinema. O que pode explicar que nessa obra-chave que é O Silêncio, o obscuro topónimo «Timoka» tenha resultado de uma espécie de aparição poética, e funcione dentro do filme como símbolo de um idioma menor, para uso íntimo ou familiar, no limite do indecifrável. Será de resto porventura em O Silêncio que poderá encontrar-se um instante decisivo – uma cena, em rigor – para o entendimento integral do gesto que originou este livro de homenagem e, sobretudo, para a nítida percepção de que em hipótese alguma este gesto (ou conjunto de gestos) vem trair ou contrariar os princípios mais elementares de actuação existencial e artística do homenageado. Trata-se de uma cena sexual, sensual, íntima, eventualmente amorosa, na qual Anna segreda ao seu amante: «É tão bom que não percebas a minha língua». Como observou João Bénard da Costa ao comentar a fala de Anna, «se Ester quer traduzir, ao contrário de Anna cujo prazer reside na incomunicação verbal, nenhuma consegue traduzir o que sente, nem aos outros, nem a nós. (…) Não têm palavras entre elas, não têm palavras para nós, não têm palavras para o desconhecido».”
Joana Matos Frias

“Tínhamos acabado de chegar.
Dançávamos e ríamos. Jogávamos
com a morte à cabra-cega. Escrevi músicas
para os seus olhos. Pintei-lhe de vermelho os crepúsculos e as unhas dos pés. Esborei-lhe o batom com o meu sexo.
Mas nem toda a gente gosta de arte.
O nosso tempo acabou e não há excepção para talentos.
Sentimos que algo nos vai acontecer
Embora não saibamos bem o quê.
Hei-de lembrar as horas de vagar,
os morangos silvestres, os cucos nos relógios,
as ruas ardendo nos regressos, céus, pegadas, equinócios,
coisas que a terra apaga ao rodar. Repetirei os nossos rostos na sombra,
carregando essa memória nas mãos
com o mesmo cuidado com que se segura um copo demasiado cheio.
Mais ninguém se chamará como nós.
Basta recuar um passo para que me deixes de me olhar.
Para nos sentirmos sós,
são precisos sempre dois.”
Golgona Anghel

"Vais acreditar em mim
ou nos teus olhos?"
luz de inverno, Pedro Mexia