MARGARIDA GIL: QUATRO DÉCADAS DE AUDIOVISUAL ∙ ANA ISABEL SOARES
MARGARIDA GIL: QUATRO DÉCADAS DE AUDIOVISUAL • Ana Isabel Soares • 2021 Húmus Editora 100 pgs • Lançamento às 18.00 do DVD do filme RELAÇÃO FIEL E VERDADEIRA (1987) e projecção às 19.00 da nova cópia no dia 21 de Maio 2021, com a presença da realizadora, Paulo Trancoso & José Manuel Costa • Sessão Com A Linha de Sombra Maio de 2021 • Linha de Sombra • www.linhadesombra.com • Cinemateca Portuguesa.
A obra de Margarida Gil é, como sugeri acima, ecléctica. O seu surgimento pode atribuir-se a uma conjugação de fatores. Por um lado, vinda com 17 anos da Covilhã para Lisboa em 1968, no começo dessa vida na capital, Gil esteve empregada na Santa Casa da Misericórdia, onde trabalhava na Avenida da Liberdade: ali próximo pôde ver quase diariamente, no Palácio Foz, as sessões da Cinemateca Portuguesa - a sua cinefilia alimentava a vontade de imagens e aliava-se à cultura literária que ia consolidando no curso de Filologia Germânica da Faculdade de Letras, em que ingressou também pouco tempo depois da chegada â capital.
OS INÍCIOS E A LIGAÇÃO À TV, Ana Isabel Soares
A primeira ficção de Margarida Gil realizada para o cinema foi produzida pela própria realizadora e por João César Monteiro, e teve o apoio à produção da RTP. É outro exemplo da relevância que a televisão pública teve, num período de relativo desafogo e investimento no cinema português, após a revolução e já depois da entrada de Portugal na CEE. Paulo Cunha refere-o, não sem destacar o papel do realizador Fernando Lopes no processo (...) Entre esses projetos, encontrava-se a RELAÇÃO FIEL E VERDADEIRA (Monteiro & Gil, 1987) - de que muito recentemente se fez nova cópia, numa louvável obra de restauro do ANIM.
FICÇÃO PARA CINEMA, Ana Isabel Soares