CATEMBE - ESSE OBSCURO OBJECTO DE DESEJO ∙ MARIA DO CARMO PIÇARRA & MANUEL FARIA DE ALMEIDA
CATEMBE - ESSE OBSCURO DE DESEJO DE CINEMA • Maria do Carmo Piçarra & Manuel Faria de Almeida • 2024 Tinta da China & Cinemateca Portuguesa 136 pgs • Composição e capa de Pedro Serpa. O livro, publicado pelas Edições da Tinta-da-China, com apoio do projecto FILMar-Cinemateca Portuguesa, foi apresentado pelo escritor Luís Carlos Patraquim, com a presença da autora e do realizador Manuel Faria de Almeida. CATEMBE foi o filme com o maior número de cortes pela censura na história do cinema português. Agora, o documentário ficcional de Manuel Faria de Almeida, que pretendia mostrar quem eram e como viviam os habitantes de Lourenço Marques, hoje Maputo, foi digitalizado e restaurado pelo projecto FILMar / CP-MC. O livro CATEMBE - ESSE OBSCURO DESEJO DE CINEMA, de Maria do Carmo Piçarra, fazendo-se acompanhar do guião fac-similado e do DVD com o filme • PVP 17,90€ • www.linhadesombra.com
Embora a Censura Prévia aos espectáculos cinematográficos tenha começado em 1927, só em 1944, com a sua passagem para a tutela do SNI, foi criada a Comissão da Censura de Espectáculos. Para executar as directivas, cada censor fazia uso das suas referências morais para traçat interpretações mais ou menos estritas. Essa subjectividade teve implicações quanto à arbitrariedade na censura feita aos filmes. Apesar das indicações genéricas dadas aos censores, o rigor com que foi exercida a Censura Prévia variou em função das habilitações daqueles, dos seus preconceitos ou de excessos de zelo na interpretação das regras. Sobre o cinema, exerceu-se de modo explícito através da proibição integral do filme ou da imposição de cortes. Adicionalmente, tanto a classificação etária, ao condicionar a exploração comercial e a sua exibição restringindo o público potencial de uma obra, como a proibição de dobragem de filmes estrangeiros contribuíram para dificultar a transmissão de ideias ou a exposição de certos comportamentos a uma audiência menos alfabetizada.”
RADIOGRAFIA À CENSURA DA DITADURA, Maria do Carmo Piçarra