ARRISCAR O REAL • LARYS FROGIER
ARRISCAR O REAL • Larys Frogier • 2009 Museu Colecção Berardo 80 pgs • Tradução de Miguel Serras Pereira • Edição de Clara Távora Vilar & Nuno Ferreira de Carvalho • N. 1 da Colecção Sem Título dirigida por Jean-François Chougnet • Design R2 • PVP 12€ • Linha de Sombra • www.linhadesombra.com • Cinemateca◼︎
“O artista português Ernesto de Sousa (1921-1988), fotógrafo, performer, teórico, transformou em profundidade o cinema e as artes visuais em Portugal. Em 1971, em simultâneo com as experiências do Fluxus e da Art Corporel, Ernesto de Sousa inicia um ciclo de acções exposições, fotografias, poesias reunidas sob o título O TEU CORPO É O MEU CORPO. O ciclo compreende nomeadamente a obra Revolution My Body que consiste em duas declinações. Uma primeira é composta por 18 pranchas fotográficas mostrando fragmentos de corpos resultantes de acções. A segunda declinação é constituída por uma série de écrans serigráficos na qual se projectam um filme de 8mm e uma participação performativa do visitante que, ao passar entre os écrans e o filme projectado, modifica a representação da obra, bem como um texto que dispersa termos ligados à corporeidade (traço, desenho, sombra, memória, assinatura, fluido... e homenagens endereçadas aos artistas e intelectuais que revolucionaram o pensamento e arte actual (Joseph Beuys, Vito Acconci, Antonin Artaud Jacques Derrida, Lacan, Freud, Wolf Vostell...). O texto é concluído por uma litania encadeada: «O teu corpo é o meu corpo que o meu corpo é o teu corpo que teu corpo é o meu corpo...«, indicando o deslocamento fundamental do ser contemporâneo, não já num propósito ontológico e nem sequer existencialista, mas num empenhamento performativo na construção e na transformação.”
PONTOS DE TENSÃO E POTÊNCIA DO ACTO, Larys Frogier